< Marcos 1

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[1] O princípio do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus,
[2] conforme está escrito no profeta Isaías: “Vejam, enviarei o meu mensageiro à sua frente; ele preparará o seu caminho”.
[3] “Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor; endireitem as veredas para ele’ ”.
[4] Assim, apareceu João Batista no deserto pregando o batismo de arrependimento para o perdão dos pecados.
[5] Pessoas de toda a região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém iam até ele. Quando confessavam os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.
[6] João vestia roupas feitas de pelos de camelo, usava um cinto de couro na cintura e comia gafanhotos e mel silvestre.
[7] Esta era a sua mensagem: ― Depois de mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de, curvando‑me, desamarrar as correias das sandálias.
[8] Eu os batizo com água, mas ele os batizará com o Espírito Santo.
[9] Aconteceu que, naqueles dias, Jesus veio de Nazaré, na Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão.
[10] Assim que saiu da água, Jesus viu os céus se abrindo e o Espírito descendo como pomba sobre ele.
[11] Então, veio dos céus uma voz: ― Você é o meu Filho amado, em quem tenho prazer.
[12] Em seguida, o Espírito impeliu Jesus ao deserto,
[13] onde foi tentado por Satanás durante quarenta dias. Estava com os animais selvagens, e os anjos o serviam.
[14] Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, proclamando o evangelho de Deus.
[15] ― O tempo é chegado — dizia ele. — O reino de Deus está próximo. Arrependam‑se e creiam no evangelho!
[16] Enquanto andava às margens do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, lançando redes ao mar, pois eram pescadores.
[17] Então, Jesus lhes disse: ― Sigam‑me, e eu os farei pescadores de homens.
[18] No mesmo instante, eles deixaram as redes e o seguiram.
[19] Indo um pouco mais adiante, viu Tiago e João, filhos de Zebedeu, preparando as redes no barco.
[20] Imediatamente, Jesus os chamou, e eles o seguiram, deixando Zebedeu, o pai deles, com os seus empregados no barco.
[21] Então, eles entraram em Cafarnaum. Assim que chegou o sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar.
[22] E ficavam maravilhados com o seu ensino, porque os ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da lei.
[23] Justo naquele momento, havia na sinagoga deles um homem com espírito imundo, o qual gritou:
[24] ― Que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus!
[25] Jesus, porém, o repreendeu, dizendo: ― Cale‑se e saia dele!
[26] Então, o espírito imundo sacudiu o homem violentamente e, gritando, saiu dele.
[27] Todos ficaram tão admirados que perguntavam uns aos outros: ― O que é isto? Um novo ensino, e com autoridade! Até aos espíritos imundos dá ordens, e eles lhe obedecem!
[28] As notícias a seu respeito se espalharam rapidamente por toda a região da Galileia.
[29] Assim que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João à casa de Simão e André.
[30] A sogra de Simão estava de cama e com febre, e logo informaram Jesus a respeito dela.
[31] Então, ele se aproximou dela, tomou‑a pela mão e ajudou‑a a se levantar. A febre a deixou, e ela começou a servi‑los.
[32] Ao anoitecer, depois do pôr do sol, trouxeram a Jesus todos os doentes e os endemoniados.
[33] Toda a cidade se reuniu à porta da casa,
[34] e Jesus curou muitos doentes com vários tipos de enfermidades. Também expulsou muitos demônios; não permitia, porém, que falassem, porque sabiam quem ele era.
[35] De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou‑se, saiu de casa e foi a um lugar deserto, e ali orava.
[36] Simão e os que estavam com ele foram procurá‑lo
[37] e, ao encontrá‑lo, disseram: ― Todos estão te procurando!
[38] Jesus respondeu: ― Vamos para outro lugar, para os povoados vizinhos, a fim de que eu pregue lá também. Afinal, foi para isso que eu vim.
[39] Então, ele percorreu toda a região da Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios.
[40] Um leproso aproximou‑se dele e suplicou‑lhe de joelhos: ― Se quiseres, podes purificar‑me!
[41] Cheio de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: ― Quero. Seja purificado!
[42] Imediatamente, a lepra o deixou, e ele foi purificado.
[43] Em seguida, Jesus o despediu, com uma severa advertência:
[44] ― Olhe! Não conte nada a ninguém, mas vá, apresente‑se ao sacerdote e entregue, pela sua purificação, a oferta que Moisés ordenou, para que lhes sirva de testemunho.
[45] Ele, porém, saiu e começou a tornar público o fato, espalhando a notícia. Por isso, Jesus já não podia entrar publicamente em nenhuma cidade, mas ficava fora, em lugares solitários. Mesmo assim, vinha a ele gente de todas as partes.