< Lucas 2

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[1] Naqueles dias, César Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano.
[2] Esse primeiro recenseamento foi realizado quando Quirino era governador da Síria.
[3] Todos iam para a sua cidade natal, a fim de alistar‑se.
[4] Assim, José, que pertencia à casa e à linhagem de Davi, subiu de Nazaré, cidade da Galileia, à Judeia. Ele foi a Belém, cidade de Davi,
[5] a fim de alistar‑se, com Maria, que lhe estava prometida em casamento e esperava um filho.
[6] Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê,
[7] e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu‑o em panos e o colocou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
[8] Havia pastores naquela região que tomavam conta dos seus rebanhos durante a noite.
[9] Aconteceu que um anjo do Senhor lhes apareceu. A glória do Senhor resplandeceu ao redor deles, e ficaram aterrorizados.
[10] Então, o anjo lhes disse: ― Não tenham medo, pois trago boas-novas de grande alegria para vocês, que são para todo o povo.
[11] Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
[12] Isto servirá de sinal para vocês: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado em uma manjedoura.
[13] De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo:
[14] “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”.
[15] Quando os anjos os deixaram e foram para os céus, os pastores disseram uns aos outros: ― Vamos agora a Belém e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.
[16] Então, correram para lá e encontraram Maria, José e o bebê, que estava deitado na manjedoura.
[17] Depois de o verem, contaram a todos o que lhes fora dito a respeito daquele menino,
[18] e todos os que ouviram o que os pastores diziam ficaram admirados.
[19] Maria, porém, guardava todas essas palavras, meditando sobre elas no coração.
[20] Os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, como lhes fora dito.
[21] Quando completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram‑lhe o nome de Jesus, o qual lhe tinha sido dado pelo anjo antes de ser concebido no ventre.
[22] Então, quando completou o tempo da purificação deles, de acordo com a lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá‑lo ao Senhor —
[23] como está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” —
[24] e para oferecer um sacrifício, de acordo com o que diz a lei do Senhor: “duas rolinhas ou dois pombinhos”.
[25] Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso. Ele esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava sobre ele.
[26] Fora‑lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor.
[27] Movido pelo Espírito, foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que requeria o costume da lei,
[28] Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:
[29] “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo.
[30] Pois os meus olhos já viram a tua salvação,
[31] que preparaste à vista de todos os povos:
[32] luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo”.
[33] O pai e a mãe do menino estavam admirados com o que fora dito a respeito dele.
[34] Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe de Jesus: ― Este menino está destinado a causar a queda e o levantamento de muitos em Israel, e a ser um sinal de contradição,
[35] de modo que os pensamentos do coração de muitos sejam revelados. Quanto a você, uma espada atravessará a sua alma.
[36] Ali havia uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era muito idosa; tinha vivido com o marido sete anos depois de se casar
[37] e, então, permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite.
[38] Tendo chegado ali naquele exato momento, começou a dar graças a Deus e falar a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
[39] Depois de cumprirem tudo o que era exigido pela lei do Senhor, voltaram para a sua própria cidade, Nazaré, na Galileia.
[40] O menino crescia, se fortalecia e se enchia de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
[41] Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém para a Festa da Páscoa.
[42] Quando ele completou doze anos de idade, subiram à festa, conforme o costume.
[43] Terminada a festa, enquanto os seus pais voltavam para casa, o menino Jesus ficou em Jerusalém, mas os seus pais não perceberam.
[44] Assim, por pensarem que o menino estava entre os companheiros de viagem, caminharam o dia todo. Então, começaram a procurá‑lo entre os parentes e os conhecidos.
[45] Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém para procurá‑lo.
[46] Depois de três dias o encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo‑os e fazendo‑lhes perguntas.
[47] Todos os que o ouviam ficavam maravilhados com o seu entendimento e com as suas respostas.
[48] Quando os seus pais o viram, ficaram perplexos. Então, a sua mãe lhe disse: ― Filho, por que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos aflitos à sua procura.
[49] Ele perguntou: ― Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devo estar envolvido nos assuntos do meu Pai?
[50] Eles, porém, não compreenderam o que lhes disse.
[51] Então, foi com eles para Nazaré e lhes era obediente. A sua mãe, porém, guardava todas essas coisas no coração.
[52] Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.