< Isaías 6

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[1] No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado em um trono alto e exaltado, e as abas das suas vestes enchiam o templo.
[2] Acima dele, estavam serafins; cada um deles tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam.
[3] E proclamavam uns aos outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; a terra inteira está cheia da sua glória”.
[4] Ao som das suas vozes, os batentes das portas tremeram, e o templo ficou cheio de fumaça.
[5] Então, gritei: ― Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!
[6] Logo um dos serafins voou até mim trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz.
[7] Com ela tocou a minha boca e disse: ― Veja, isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa foi removida, e o seu pecado, perdoado.
[8] Então, ouvi a voz do Senhor, conclamando: ― A quem enviarei? Quem irá por nós? Eu respondi: ― Aqui estou. Envia‑me!
[9] Ele disse: ― Vá e diga a este povo: “Escutem com atenção, mas nunca entendam; observem bem, mas jamais percebam”.
[10] Torne insensível o coração deste povo; torne surdos os seus ouvidos e feche os seus olhos. Que eles não vejam com os olhos, não ouçam com os ouvidos e não entendam com o coração, para que não se convertam e sejam curados.
[11] Então, eu perguntei: ― Até quando, Senhor? Ele respondeu: “Até que as cidades estejam em ruínas e sem habitantes, até que as casas fiquem abandonadas e os campos estejam totalmente devastados,
[12] até que o Senhor tenha enviado todos para longe e a terra esteja totalmente desolada.
[13] E, ainda que um décimo fique no país, estes também serão destruídos. Mas, como o terebinto e o carvalho deixam o tronco quando são derrubados, assim a santa semente será o seu tronco”.