< Hebreus 9

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[1] Ora, a primeira aliança tinha prescrições para a adoração e também um santuário terreno.
[2] Esse tabernáculo foi edificado e, na primeira parte, chamada Lugar Santo, estavam o candelabro, a mesa e os pães da Presença.
[3] Por trás do segundo véu do tabernáculo, havia a parte chamada Santo dos Santos,
[4] que tinha o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, totalmente revestida de ouro. Dentro da arca estavam o vaso de ouro com o maná, a vara de Arão que havia florescido e as tábuas da aliança.
[5] Acima da arca estavam os querubins da glória, que com a sua sombra cobriam a tampa da arca. A respeito dessas coisas, não nos cabe falar agora com detalhes.
[6] Depois de tudo assim preparado, os sacerdotes entravam regularmente no Lugar Santo do tabernáculo, para exercer o seu ministério.
[7] No entanto, somente o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância.
[8] Dessa forma, o Espírito Santo estava mostrando que ainda não havia sido manifesto o caminho para o Lugar Santíssimo enquanto o primeiro tabernáculo permanecia erguido.
[9] Isso é uma ilustração para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa.
[10] Eram apenas prescrições que tratavam de comida e bebida e de várias cerimônias de purificação com água, que foram impostas até o tempo da nova ordem.
[11] Contudo, quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não pertencente a esta criação.
[12] Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Lugar Santíssimo de uma vez por todas, e obteve eterna redenção.
[13] Ora, se o sangue de bodes e touros e as cinzas de uma novilha espalhadas sobre os que estavam cerimonialmente impuros os santificavam, de forma que se tornavam exteriormente puros,
[14] quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purifica a nossa consciência de atos que conduzem à morte, para que sirvamos ao Deus vivo!
[15] Por essa razão, Cristo é o mediador de uma nova aliança para que os que são chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que ele morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança.
[16] No caso de um testamento, é necessário que se comprove a morte daquele que o fez,
[17] pois um testamento só é validado no caso de morte, uma vez que nunca vigora enquanto está vivo quem o fez.
[18] Por isso, nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue.
[19] Quando Moisés terminou de proclamar todos os mandamentos da lei a todo o povo, levou sangue de novilhos e de bodes, bem como água, lã escarlate e ramos de hissopo, aspergiu o próprio livro e todo o povo
[20] e disse: “Este é o sangue da aliança à qual Deus ordenou que vocês obedeçam”.
[21] Da mesma forma, aspergiu com o sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sacerdotal.
[22] De fato, segundo a lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão.
[23] Portanto, era necessário que as representações das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios superiores.
[24] Pois Cristo não entrou em um santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou nos céus, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor.
[25] Não, porém, para se oferecer repetidas vezes, à semelhança do sumo sacerdote que entra no Lugar Santíssimo todos os anos com sangue alheio.
[26] Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde a criação do mundo. Agora, porém, ele apareceu de uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado sacrificando a si mesmo.
[27] Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo,
[28] assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá pela segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam.