< Ezequiel 4

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[1] ― Quanto a você, filho do homem, apanhe um tijolo, coloque‑o à sua frente e nele desenhe a cidade de Jerusalém.
[2] Em seguida, cerque‑a e construa obras de cerco contra ela; construa uma rampa, monte acampamentos e ponha aríetes ao redor dela.
[3] Depois, apanhe uma assadeira de ferro, coloque‑a como muro de ferro entre você e a cidade e ponha‑se de frente para ela. Ela estará cercada, e você a sitiará. Isso será um sinal para o povo de Israel.
[4] ― Deite‑se, então, sobre o seu lado esquerdo e ponha sobre ele a iniquidade do povo de Israel. Você terá que carregar a iniquidade deles durante o número de dias em que estiver deitado sobre o lado esquerdo.
[5] Determinei que o número de dias seja equivalente ao número de anos da iniquidade deles, ou seja, durante trezentos e noventa dias você carregará a iniquidade do povo de Israel.
[6] ― Terminado esse prazo, deite‑se uma segunda vez, mas agora sobre o seu lado direito e carregue a iniquidade do povo de Judá,
[7] durante quarenta dias, tempo que eu determinei para você, um dia para cada ano. Olhe para o cerco de Jerusalém e, com braço desnudo, profetize contra ela.
[8] Vou amarrar você com cordas para que não possa se virar enquanto não cumprir os dias do seu cerco.
[9] ― Pegue trigo e cevada, feijão e lentilha, painço e centeio; ponha‑os em uma vasilha e com eles faça pão para você. Você deverá comê‑lo durante os trezentos e noventa dias em que estiver deitado sobre o seu lado.
[10] Pese vinte siclos de comida por dia e coma‑a em horas determinadas.
[11] Também meça um sexto de him de água e beba‑a em horas determinadas.
[12] Coma o pão como você comeria um bolo de cevada; asse‑o à vista do povo, usando fezes humanas como combustível.
[13] O Senhor disse ainda: ― Assim os israelitas comerão a sua comida imunda entre as nações para onde eu os expulsar.
[14] Então, eu disse: ― Ah! Soberano Senhor! Eu jamais me contaminei. Desde a minha infância até agora, jamais comi algo achado morto ou que tivesse sido despedaçado por animais selvagens. Jamais entrou carne impura na minha boca.
[15] ― Está bem — disse ele —, deixarei que você asse o seu pão em cima de esterco de vaca, não em cima de fezes humanas.
[16] Ele acrescentou: ― Filho do homem, cortarei o suprimento de comida em Jerusalém. O povo comerá com ansiedade alimento racionado e beberá com desespero água racionada,
[17] pois haverá falta de comida e de água. Ficarão chocados com a aparência uns dos outros e definharão por causa da sua iniquidade.