< Eclesiastes 4

Listen to this chapter • 2 min
[1] De novo, observei toda a opressão que ocorre debaixo do sol: vi as lágrimas dos oprimidos, mas não há quem os console; o poder está do lado dos seus opressores, e não há quem os console.
[2] Por isso, considerei os mortos mais felizes do que os vivos, pois estes ainda têm que viver!
[3] No entanto, melhor do que ambos é aquele que ainda não nasceu, que não viu o mal que se faz debaixo do sol.
[4] Observei que todo trabalho e toda realização surgem da competição que existe entre as pessoas. Isso também é inútil; é correr atrás do vento.
[5] O tolo cruza os braços e destrói a própria vida.
[6] Melhor é ter um punhado com tranquilidade do que dois punhados à custa de muito trabalho; é correr atrás do vento.
[7] Observei também outra situação sem sentido debaixo do sol:
[8] Havia um homem totalmente solitário; não tinha filho nem irmão. Trabalhava sem parar; mesmo assim, os seus olhos não se satisfaziam com a sua riqueza. “Para quem trabalho tanto”, ele se perguntou, “e por que razão me privo de coisas boas?”. Isso também é inútil; é uma dura tarefa!
[9] É melhor serem dois do que um, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas.
[10] Se caírem, um levantará o outro. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o levante!
[11] Além do mais, se dois dormirem juntos, vão manter‑se aquecidos. Como, porém, manter‑se aquecido sozinho?
[12] Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender‑se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.
[13] Melhor é um jovem pobre e sábio do que um rei idoso e tolo que já não aceita repreensão.
[14] O jovem pode ter saído da prisão e chegado ao trono, ou pode ter nascido pobre no país daquele rei.
[15] Percebi que todos os que viviam e andavam debaixo do sol seguiam o jovem, o sucessor do rei.
[16] O número dos que o seguiram era incontável. A geração seguinte, porém, não ficou satisfeita com o sucessor. Isso também é inútil; é correr atrás do vento.