< 2 Crônicas 9

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[1] A rainha de Sabá soube da fama de Salomão e foi a Jerusalém para pô‑lo à prova com perguntas difíceis. Chegou acompanhada de uma enorme caravana com camelos carregados de especiarias e grande quantidade de ouro e pedras preciosas. Ao apresentar‑se diante de Salomão, fez‑lhe todas as perguntas que tinha em mente.
[2] Salomão respondeu a todas; nenhuma foi tão difícil que ele não pudesse explicar‑lhe.
[3] Quando a rainha de Sabá viu a sabedoria de Salomão, bem como o palácio que ele havia construído,
[4] o alimento da sua mesa, os assentos que ocupavam os seus oficiais, o serviço dos seus criados e os seus copeiros — todos uniformizados — e os holocaustos que ele fazia no templo do Senhor, ficou impressionada.
[5] Então, ela disse ao rei: ― Tudo o que ouvi no meu país acerca das tuas realizações e da tua sabedoria é verdade.
[6] Eu, porém, não acreditava no que diziam até que vim e vi com os meus próprios olhos. Na realidade, não me contaram nem a metade da grandeza da tua sabedoria; tu ultrapassas em muito o que ouvi.
[7] Bem-aventurados os súditos da tua corte, que continuamente estão diante de ti e ouvem a tua sabedoria!
[8] Bendito seja o Senhor, o teu Deus, que se agradou de ti e te pôs no trono dele para reinar pelo Senhor, o teu Deus! Por causa do amor do teu Deus para com Israel e do desejo de preservá‑lo para sempre, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão.
[9] Ela deu ao rei cento e vinte talentos de ouro e grande quantidade de especiarias e pedras preciosas. Nunca se viram tantas e tais especiarias como as que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão.
[10] Os marinheiros de Hirão e de Salomão trouxeram ouro de Ofir, além de madeira de sândalo e pedras preciosas.
[11] O rei utilizou a madeira para fazer a escadaria do templo do Senhor e a do palácio real, além de harpas e liras para os músicos. Nunca se tinha visto algo semelhante em Judá.
[12] O rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo o que ela desejou e pediu; muito mais do que ela lhe tinha trazido. Depois disso, ela e os seus servos voltaram para o seu país.
[13] O peso do ouro que Salomão recebia anualmente era de seiscentos e sessenta e seis talentos,
[14] fora o que traziam os mercadores e os comerciantes. Também todos os reis da Arábia e os governadores do país traziam ouro e prata para Salomão.
[15] O rei Salomão fez duzentos escudos grandes de ouro batido, utilizando seiscentos siclos de ouro em cada um.
[16] Também fez trezentos escudos menores de ouro batido, com trezentos siclos de ouro em cada um. O rei os colocou no Palácio da Floresta do Líbano.
[17] O rei também mandou fazer um grande trono de marfim revestido de ouro puro.
[18] O trono tinha seis degraus e um estrado de ouro fixo nele. Nos dois lados do assento, havia braços, com um leão junto de cada braço.
[19] Havia doze leões em pé nos seis degraus, um em cada ponta de cada degrau. Nada igual havia sido feito em nenhum outro reino.
[20] Todas as taças do rei Salomão eram de ouro puro, bem como todos os utensílios do Palácio da Floresta do Líbano. Não havia nada de prata, porque a prata tinha pouco valor nos dias de Salomão.
[21] O rei tinha uma frota de navios mercantes tripulados por marinheiros do rei Hirão. A cada três anos, a frota voltava, trazendo ouro, prata, marfim, macacos e pavões.
[22] O rei Salomão era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra.
[23] Todos eles pediam audiência a Salomão para ouvir a sabedoria que Deus lhe tinha dado.
[24] Ano após ano, todos os visitantes traziam algum presente: utensílios de prata e de ouro, mantos, armas, especiarias, cavalos e mulas.
[25] Salomão possuía quatro mil estábulos para cavalos e carruagens e doze mil cavalos, dos quais mantinha uma parte nas guarnições de algumas cidades e a outra perto dele, em Jerusalém.
[26] Ele dominava sobre todos os reis desde o Eufrates até a terra dos filisteus, junto à fronteira do Egito.
[27] O rei tornou a prata tão comum em Jerusalém quanto as pedras, e o cedro tão numeroso quanto as figueiras bravas da Sefelá.
[28] Os cavalos de Salomão eram importados do Egito e de todos os outros países.
[29] Os demais acontecimentos do reinado de Salomão, desde o início até o fim, estão escritos nos relatos do profeta Natã, nas profecias do silonita Aías e nas visões do vidente Ido acerca de Jeroboão, filho de Nebate.
[30] Salomão reinou quarenta anos em Jerusalém, sobre todo o Israel.
[31] Então, descansou com os seus antepassados e foi sepultado na Cidade de Davi, o seu pai, e Roboão, o seu filho, sucedeu‑o como rei.